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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vulcões e a Origem do Planeta

Os vulcões parecem que se prestam a papel de vilão, não é mesmo? Quantas vidas e cidades destruídas quando eclodem?
Mas qual será o papel dos vulcões?



Para isso vamos voltar no tempo, na formação do nosso planeta. Há 4 bilhões de anos a terra foi se formando.



O núcleo da terra sempre liberou enorme quantidade de calor. Os vulcões são exemplos do calor interno do nosso planeta.
Observando o que acontece na Islândia podemos entender como o calor interno transforma a superfície da terra. A Islândia é atravessada por uma fissura, que atravessa a terra, percorrendo o fundo do oceano. A Islândia surgiu da erupção de um vulcão, há 50 milhões de anos. A pluma vulcânica abaixo dela já foi mapeada, está a 20 km abaixo. Essa pluma vulcânica fornece calor as piscinas de água quente da Islândia. É passatempo nacional tomar banho nas águas quentes, nas fontes sulfúricas.
Há 225 milhões de anos atrás os continentes eram unidos formando a Pangéia, com o movimento das placas, esse continente se partiu causando a movimentação dos continentes. São 7 placas gigantes. Os continentes se movimentam 2 cm por ano. No futuro os continentes se unirão novamente formando um supercontinente gigante. Quando as placas colidiram, surgiram as cadeias de montanhas como os Alpes, Andes e Himalaia. A Nova Zelândia se formou com a junção de várias ilhas, formando uma cadeia de montanhas com a colisão das ilhas, há 5 milhões de anos.
Os terremotos acontecem quando as placas terrestres se colidem. As montanhas próximas ao epicentro tendem a crescer, como aconteceu no Himalaia com o terremoto do Paquistão, as montanhas cresceram 5 metros. O calor interno da terra empurra as montanhas para cima. E a água faz o papel inverso, ela tem o poder de carregar sedimentos provocando a erosão das rochas pelo rio. O Rio Amazonas é um exemplo, carregando grande quantidade de sedimentos dos Andes ao Oceano.
O lugar de maior atividade vulcânica no planeta é a Nova Zelândia, cenário para cientistas desvendarem a origem da vida na terra. Fontes de águas ferventes borbulhando num coquetel químico de sulfeto de hidrogênio, arsênico, dióxido de carbono a 75 graus Celsius. Parece uma mistura mortal, mas há bilhões de organismos muito primitivos, vivendo e se alimentando nessas águas. É uma sopa rica em nutrientes .
Há 4 bilhões de anos a terra tornou-se apropriada para a vida. As fontes hidrotermais no fundo dos oceanos, como vemos na Nova Zelândia, pode ter estimulado o surgimento da vida no planeta.

Os vulcões tem um papel importante nesse processo, pois eles possibilitaram a origem da vida.
Na infância da terra o sol era 30% mais frio que hoje. Foram os vulcões que aqueceram a terra expelindo dióxido de carbono. O dióxido de carbono sempre foi vital para nosso planeta. Ele é que prende o calor. Foi uma compensação para o sol fraco.
O planeta Marte é congelado e estéril, sua atmosfera não tem dióxido de carbono. Vênus ao contrário tem 400 vezes mais dióxido de carbono que a terra, não favorecendo a vida.
Há 600 milhões de anos, o dióxido de carbono ajudou no salto evolucionário, para a vida mais complexa iniciar.
A vida primitiva foi dominada pelos estromatólitos.
Há 700 milhões de anos o planeta passou por um grande desastre. A Era Glacial congelou todo o planeta, como o planeta Júpiter. O oceano ficou coberto de gelo com camadas de 1 km. O congelamento global ameaçou a vida na terra. O gelo estava sepultando o planeta. Os vulcões salvaram o planeta. Em 2004 um vulcão explodiu uma camada de gelo na Islândia. Assim os cientistas puderam comparar o fenômeno que aconteceu na era glacial. A liberação de dióxido de carbono pelo vulcão faz toda a diferença.
Há 630 milhões de anos a camada de dióxido conseguiu manter o calor provocando o descongelamento. A terra enfrentou tempestades, de -50 graus Celsius para 50 grau positivos, foram grandes mudanças climáticas. Através dos fósseis a origem da vida se desvenda. Um dos fósseis mais antigos, primeira prova de vida na terra encontrado são os estromatólitos, criaturas microscópicas, organismos unicelulares. Se não fosse a era glacial eles ainda dominariam o planeta.
Seres multicelulares complexos explode, fósseis encontrados provam isso, como o fóssil da Dickinsonia e diácara. Animais e plantas avançam na água na terra e no ar. Ocorre um salto evolucionário.
Controlando a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, os vulcões geraram um processo extraordinário. O plâncton proliferou nos oceanos, pintando-os de verde, os oceanos absorvem o carbono da atmosfera, o plâncton absorve o carbono para produzir suas conchas, quando morrem descem aos oceanos produzindo as rochas do fundo do mar, através do carbono dos plâncton. O gás, preso abaixo, retorna a atmosfera durante uma erupção vulcânica, formando o ciclo completo. A vida e os vulcões conservaram nosso planeta numa temperatura confortável. Em 4 bilhões e meio de anos a terra se formou e o calor interno luta para escapar. Toda a história da terra foi dirigida pelo calor dentro dela. Os vulcões não são somente a força da destruição, mas a força da vida no planeta.

http://www.youtube.com/watch?v=M6vJwwsSmrU&feature=related

Sugestões para Plano de Aula: retrato falado da terra, como era no passado, hoje e projeção para o futuro, produzir uma erupção vulcânica com vinagre, bicarbonato de sódio e anelina.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Araucária x Pinus Ilhote

A araucária, (Araucaria angustifolia) é uma conífera nativa conhecida também como pinheiro-do-paraná.As florestas desse pinheiro foram devastadas pelas serrarias o que provocou sua substituição por outras vindo de outros países, de crescimento mais rápido e adaptadas a diversidade de climas.



Copa da araucária na periferia de Caxias

Araucárias no centro de Vila Seca

O  Pinus ilhote é uma conífera exótica, foi introduzido no Brasil em fins dos anos 40, principalmente pela rapidez de crescimento e reprodução. As diversas espécies vieram primeiramente da América do Norte e da Ásia.
Pinus ilhote - ocupando os campos 

A nivel econômico : madeira, celulose e resina.
As paisagens foram alteradas.
As sementes dispersadas com o vento alastram-se por quilômetros. Atualmente não deve mais ser usada nas margens de rodovias, para sombras ou para ornamentação, e sim com fins comerciais: madeira, celulose e resina.

Muitas áreas nativas estão sendo prejudicadas com o pinus.
O grande potencial invasor da espécie, inibe o crescimento de outras plantas, competindo com as nativas.

A vegetação nativa é a original, florestas, capoeiras, cerradões, cerrados, campos, campos limpos, vegetações rasteiras, etc.
Toda a descaracterização que altera ou elimina a vegetação nativa caracteriza-se por desmatamento.

A derrubada começou com a colonização do Brasil, primeiro as florestas da costa brasileira, a Mata Atlântica.Extrativismo intenso Pau-brasil, jacarandá e madeiras nobres. Hoje restam menos de 5% da área original, afetando a sobrevivência de ecossistemas. Alertas denunciam que em 50 anos a Mata Atlântica desaparecerá.

A situação atual é crítica percebe-se uma mudança na geografia da devastação que continua acelerada.

Pesquisas já estão sendo realizadas apontando a influência do cultivo de pinus sobre o meio ambiente.

Para ler mais sobre pesquisas sobre o efeito do plantio do pinus:
http://www.ageflor.com.br/noticiassetorinterna.php?id=48

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Entrevista com o educador Bernardo Toro

Nos anos 90, o filósofo e educador colombiano Bernardo Toro sintetizou as sete competências básicas que devem ser desenvolvidas nos alunos. Esses saberes tornaram-se o norte da educação contemporânea em diversos países.
- Dominar as linguagens utilizadas pelo homem,
- saber resolver problemas,
- analisar e interpretar fatos,
- compreender o entorno social e atuar sobre ele,
- receber criticamente os meios de comunicação,
- localizar e selecionar informações,
- planejar e decidir em grupo.

Recentemente, ele acrescentou uma oitava: criar no estudante uma mentalidade internacional: "Quando esse jovem chegar à idade adulta, seu campo de ação não será apenas o bairro ou a cidade: será o mundo".

A reportagem na integra está no site da nova escola:
http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/planejamento/precisamos-cidadaos-mundo-425252.shtml