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sexta-feira, 31 de março de 2017

Dia Internacional das Florestas



Celebramos o Dia Internacional das Florestas desde março de 2013, quando a ONU o estipulou um ano antes. A data da celebração é o dia 21 de março, no hemisfério sul início do outono e no hemisfério norte o início da primavera. Esse dia já tinha sido pensado em 1971, quando a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sugeriu a criação de um dia para conscientização da importância da preservação das florestas. 
As ações deste dia visam promover o plantio de árvores e o controle dos desmatamentos ilegais, buscando a conscientização da importância de manter os biomas para a própria preservação da vida. As florestas possuem um grande potencial para a redução do efeito estufa e equilíbrio das alterações climáticas, as árvores conseguem evaporar mais águas do que os oceanos. Elas fazem chover. Além disso abrigam a biodiversidade da fauna e da flora, são responsáveis pela manutenção das fontes de água doce do planeta e favorecem a fertilidade dos solos, pois a perda das florestas favorecem a desertificação. 

Pinheiro brasileiro, protegido por lei,  tombado, a Mata Atlântica sofre agressões continuamente

 Há um equilíbrio natural entre as florestas, ventos, chuvas e oceanos e é uma grande ameaça à vida o desequilíbrio dessa relação que é causada pela ação do homem. Os biomas estão sendo atacados com motosserra, fogo, tratores...
Resta pouco da Mata Atlântica, mas isso não é problema para os gananciosos imediatistas
 
A agressão aos olhos: Por que não deixar as araucárias?

 A araucária é protegida por lei, mas grandes empreendimentos conseguem burlar a lei!
As áreas para loteamentos são completamente "limpas", grande insanidade, não vivemos sem árvores!

  Até quando?
As fotos acima são de 30/03/17 em Ana Rech Caxias do Sul-/ RS Brasil

Sem florestas: desertificação

No Hemisfério Sul, latitude do trópico de Capricórnio, há uma faixa de desertos, na Austrália ( Great Sendy, Gibson e Great Victoria.), África (Namíbia e Kalahari), América do Sul (Atacama). As regiões Sul e Sudeste do Brasil estão alinhadas nesta faixa, segundo estudos o solo desta região tem grande necessidade de umidade para não virar deserto. Esse regime de chuvas provém da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica, porém se houver diminuição nos índices pluviométricos, causado pela perda do que resta dessas florestas, essas regiões estarão condenadas a desertificação.
Segundo o INPE, a Floresta Amazônica, responsável por trazer a umidade do Oceano Atlântico para dentro do continente, é responsável por evaporar 20 bilhões de toneladas de água diariamente, estudos recentes mostram que Amazônia é muito mais importante do que se imagina.
O sistema político brasileiro não atende a essas demandas, o imediatismo impera prejudicando gravemente o futuro climático. O Código Florestal favorece esse descaso, pois não leva em conta as mudanças climáticas. 
Para saber mais:





terça-feira, 28 de março de 2017

Biodiversidade - Meta 12 de Aichi

Você sabia que temos uma data para a biodiversidade, é o dia 22 de maio e cada ano é escolhido um tema para comemorar.

Essa data foi criada em 1992 pela ONU, o principal objetivo é a conscientização da importância e conservação de toda a vida no planeta. Segundo dados do ICM Bio, órgão federal responsável pela proteção da biodiversidade do país, o Brasil é o país com a maior diversidade de espécies do mundo, temos 120 mil espécies de animais, 713 espécies de mamíferos, 1.900 espécies de aves, 738 espécies de répteis, 934 de anfíbios, 4.774 de peixes e em torno de 100 mil espécies de animais invertebrados. A flora está em torno de 40 mil espécies de plantas. Toda essa diversidade está espalhada nos ecossistemas marinhos ( recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e pântanos) e em 6 biomas: Floresta Amazônica, Pantanal, Cerrado, Caatinga, Pampas e Mata Atlântica.

O Brasil é parceiro de compromissos internacionais de proteção ao meio ambiente e da diversidade. Signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), junto com 193 países, o Brasil assumiu a Meta 12 de Aichi, o compromisso de evitar a extinção de espécies até 2020, adotando medidas que inibam a extinção de espécies ameaçadas ou em risco.

Meta 12 de Aichi:

Em de outubro de 2010, na cidade de Nagoia, no Japão, foi realizada uma conferência internacional de proteção a biodiversidade do planeta: a 10ª Conferencia das Partes das Nações Unidas (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Aichi refere-se a província japonesa onde está localizada a cidade de Nagoya. Nesta conferencia foi aprovado um plano estratégico de biodiversade para o período de de 2011 a 2020. O objetivo principal é deter a destruição da biodiversidade do planeta, tratando das causas fundamentais dessa perda fazendo com que a preocupação com a biodiversidade permeiem governo e sociedade. São 20 metas reunidas em cinco objetivos estratégicos:
1- Conscientização do governo e sociedade das causas da perda da biodiversidade
2- Promoção do uso sustentável com objetivo de reduzir as ameaças a biodiversidade
3- Proteger os ecossistemas, espécies e diversidade genética para melhorar a situação da biodiversidade
4- Aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos
5-Através de planejamento participativo, implantar a gestão de conhecimento e capacitação.

Meta 1: Até 2020, no mais tardar, as pessoas terão conhecimento dos valores da biodiversidade e das medidas que poderão tomar para conservá-la e utilizá-la de forma sustentável.

Meta 2: Até 2020, no mais tardar, os valores da biodiversidade serão integrados em estratégias nacionais e locais de desenvolvimento e redução de pobreza e procedimentos de planejamento e estarão sendo incorporados em contas nacionais, conforme o caso, e sistemas de relatoria.

Meta 3: Até 2020, no mais tardar, incentivos, inclusive subsídios, lesivos à biodiversidade terão sido eliminados ou reformados, ou estarão em vias de eliminação visando minimizar ou evitar impactos negativos, e incentivos positivos para a conservação e uso sustentável de biodiversidade terão sido elaborados e aplicados, consistentes e em conformidade com a Convenção e outras obrigações internacionais relevantes, levando em conta condições sócio-econômicas nacionais.

Meta 4: Até 2020, no mais tardar, Governos, o setor privado e grupos de interesse em todos os níveis terão tomado medidas ou implementarão planos para produção e consumo sustentáveis e terão conseguido restringir os impactos da utilização de recursos naturais claramente dentro de limites ecológicos seguros.

Objetivo Estratégico B. Reduzir as pressões diretas sobre biodiversidade e promover o uso sustentável

Meta 5: Até 2020, a taxa de perda de todos os habitats naturais, inclusive florestas, terá sido reduzida em pelo menos a metade e na medida do possível levada a perto de zero, e a degradação e fragmentação terão sido reduzidas significativamente.

Meta 6: Até 2020, o manejo e captura de quaisquer estoques de peixes, invertebrados e plantas aquáticas serão sustentáveis, legais e feitas com a aplicação de abordagens ecossistêmicos de modo a evitar a sobre exploração, colocar em prática planos e medidas de recuperação para espécies exauridas, fazer com que a pesca não tenha impactos adversos significativos sobre espécies ameaçadas e ecossistemas vulneráveis, e fazer com que os impactos da pesca sobre estoques, espécies e ecossistemas permaneçam dentro de limites ecológicos seguros.



Meta 7: Até 2020, áreas sob agricultura, aquicultura e exploração florestal serão manejadas de forma sustentável, assegurando a conservação de biodiversidade.

Meta 8: Até 2020, a poluição, inclusive resultante de excesso de nutrientes, terá sido reduzida a níveis não-detrimentais ao funcionamento de ecossistemas e da biodiversidade.

Meta 9: Até 2020, espécies exóticas invasoras e seus vetores terão sido identificadas e priorizadas, espécies prioritárias terão sido controladas ou erradicadas, e medidas de controle de vetores terão sido tomadas para impedir sua introdução e estabelecimento.

Meta 10: Até 2015, as múltiplas pressões antropogênicas sobre recifes de coral, e demais ecossistemas impactadas por mudança de clima ou acidificação oceânica, terão sido minimizadas para que sua integridade e funcionamento sejam mantidos.

Objetivo Estratégico C: Melhorar a situação de biodiversidade protegendo ecossistemas, espécies e diversidade genética

Meta 11: Até 2020, pelo menos 17 por cento de áreas terrestres e de águas continentais e 10 por cento de áreas marinhas e costeiras, especialmente áreas de especial importância para biodiversidade e serviços ecossistêmicos, terão sido conservados por meio de sistemas de áreas protegidas geridas de maneira efetiva e eqüitativa, ecologicamente representativas e satisfatoriamente interligadas e por outras medidas espaciais de conservação, e integradas em paisagens terrestres e marinhas mais amplas.





Meta 12: Até 2020, a extinção de espécies ameaçadas conhecidas terá sido evitada e sua situação de conservação, em especial daquelas sofrendo um maior declínio, terá sido melhorada e mantida.

Meta 13: Até 2020, a diversidade genética de plantas cultivadas e de animais criados e domesticados e de variedades silvestres, inclusive de outras espécies de valor sócio-econômico e/ou cultural, terá sido mantida e estratégias terão sido elaboradas e implementadas para minimizar a erosão genética e proteger sua diversidade genética.

Objetivo Estratégico D: Aumentar os benefícios de biodiversidade e serviços ecossistêmicos para todos

Meta 14: Até 2020, ecossistemas provedores de serviços essenciais, inclusive serviços relativos a água e que contribuem à saúde, meios de vida e bem-estar, terão sido restaurados e preservados, levando em conta as necessidades de mulheres, comunidades indígenas e locais, e os pobres e vulneráveis.

Meta 15: Até 2020, a resiliência de ecossistemas e a contribuição da biodiversidade para estoques de carbono terão sido aumentadas através de ações de conservação e recuperação, inclusive por 
meio da recuperação de pelo menos 15 por cento dos ecossistemas degradados, contribuindo assim para a mitigação e adaptação à mudança de clima e para o combate à desertificação.

Meta 16: Até 2015, o Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Derivados de sua Utilização terá entrado em vigor e estará operacionalizado, em conformidade com a legislação nacional.

Objetivo Estratégico E. Aumentar a implementação por meio de planejamento participativo, gestão de conhecimento e capacitação

Meta 17: Até 2015, cada Parte terá elaborado, adotado como instrumento de política, e começado a implementar uma estratégia nacional de biodiversidade e plano de ação efetiva, participativa e atualizada.

Meta 18: Até 2020, os conhecimentos tradicionais, inovações e práticas de comunidades indígenas e locais relevantes à conservação e uso sustentável de biodiversidade, e a utilização consuetudinária dessas de recursos biológicos, terão sido respeitados, de acordo com a legislação nacional e as obrigações internacionais relevantes, e plenamente integrados e refletidos na implementação da Convenção com a participação plena e efetiva de comunidades indígenas e locais em todos os níveis relevantes.

Meta 19: Até 2020, o conhecimento, a base científica e tecnologias ligadas à biodiversidade, seus valores, funcionamento, situação e tendências, e as consequências de sua perda terão sido melhorados, amplamente compartilhados e transferidos, e aplicados.

Meta 20: Até 2020, no mais tardar, a mobilização de recursos financeiros para a implementação efetiva do Plano Estratégico para Biodiversidade 2011-2020 oriundos de todas as fontes e em conformidade com o processo consolidado e acordado na Estratégia de Mobilização de Recurso deverá ter aumentado substancialmente em relação a níveis atuais. Esta meta estará sujeita a alterações decorrentes das avaliações da necessidade de recursos a serem elaboradas e relatadas pelas Partes.
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28727-o-que-sao-as-metas-de-aichi




Para saber mais:
Ministério do Meio Ambiente - Biodiversidade:


Portal da biodiversidade ICMBio



terça-feira, 21 de março de 2017

Aquífero Guarani


Aquífero Guarani

Na superfície de nosso planeta temos apenas 0,4% de água doce, nos polos e geleiras temos 68,7%, temos 0,8% de água congelada no solo (permafrost), e 30,1% de águas subterrâneas. Pensando em águas subterrâneas lembramos do Aquífero Guarani.

Esse aquífero, com águas acumuladas por séculos tornou-se mais conhecido a partir do ano 2000. Chegou a ser considerado o maior maior manancial de água doce subterrânea do mundo. Atualmente a maior reserva conhecida é o Aquífero Alter do Chão.

O Aquífero Guarani abrange quatro países da América do Sul: Dois terços estão no Brasil, cerca de 840 mil km² (69%), Argentina (21%), Uruguai (5%) e Paraguai (5%). Esse mar de água doce tem cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, com espessura entre 100 a 130 metros, em alguns lugares tem qualidade para consumo e abastecimento público e outros não é potável.

O nome Guarani foi batizado em 1996 pelo geólogo uruguaio Danilo Anton, homenagem ao povo Guarani, habitante da região, até ali era chamado de Aquífero Botucatu.

O Aquífero é uma manta de rocha porosa, arenito, que filtra a água que vem da superfície, nesses casos é necessário a proteção contra contaminação das águas. Há muitas áreas de afloramento, onde há recarga com a chuva, mas também que oferecem perigo de contaminação, uma das principais ameças as águas subterrâneas, tanto pela agricultura como esgoto doméstico. Na parte sul do Brasil há uma outra camada de rocha, basáltica, que cobre a manta porosa e por ser mais dura cobre o aquífero como se fosse uma tampa, protegendo-o. Nesses locais a profundidade pode chegar até 1,5 km, mas apesar da dificuldade para a perfuração da rocha, a vazão de água é muito grande, devido a pressão da água.

Os estudos do aquífero são recentes e propostas estão surgindo, principalmente de proteção desse recurso.O geólogo José Luiz Flores Machado, do Serviço Geológico do Brasil desenvolveu um importante estudo sobre o aquífero.

Um bem tão precioso assim gera cobiça de multinacionais. Em 2003 a OEA e o Banco Mundial criaram um fundo de apoio para proteção ambiental e desenvolvimento sustentável onde foi incluído o Aquífero Guarani.

Para saber mais:

domingo, 5 de março de 2017

Desmatamento da Amazônia

O IPAM, (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) que monitora o desmatamento da Amazônia, informou que no ano de 2016 o desmatamento da
Amazônia cresceu muito, 30%, com uma perda de 7.989 quilômetros quadrados, equivalente a 128 campos de futebol por hora!  Pará, Rondônia, Mato Grosso, estão na frente dos estados do Amazonas e Acre. O desmatamento cresceu  em terras privadas, na exploração ilegal de madeira,
criação de áreas de pastos e  assentamentos. O IBAMA defende-se alegando que possuem apenas  mil fiscais  para atender a demanda de 5 milhões de
quilômetros quadrados de floresta!
Derrubar florestas gera gás carbônico, aumentando o aquecimento global. Nas negociações climáticas, como o Acordo de Paris, a promessa do Brasil é zerar o desmatamento até 2030 e recuperar 12 milhões de hectares de floresta! Porém os dados mostram as falhas do governo em proteger a floresta, falhas no Código Florestal, na fiscalização dos crimes ambientais!

Em Belém há uma organização não governamental criada em 1990, Imazon, para monitorar o desmatamento,  em parceria com o Google criaram o Sistema de Alerta de Desmatamento em 2007, que fornece informações independentes das oficiais.


Para saber mais:

http://imazon.org.br/
 
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2017/01/desmatamento-na-floresta-amazonica-cresceu-30-em-2016.html

quarta-feira, 1 de março de 2017

Não dá para cortar mais nenhuma árvore na Amazônia

Você sabia que uma árvore grande pode evaporar mais de mil litros de
água por dia? Essas moléculas de água na atmosfera transforma-se em
nuvens, que levadas pelo vento a outros lugares, fornecem água
através das chuvas. Agora pense nas árvores da floresta Amazônica,
cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados de árvores, sem elas, sem
chuvas! A floresta tem a capacidade de provocar chuvas abundantes pela
liberação de substâncias voláteis que condensam o vapor d'água.
São cerca de 20 trilhões de litros d'água diariamente que se
condensam transformando-se em chuva.
Uma árvore gigante solitária, denunciando o que sobrou da floresta - Rio Branco - Acre
 Quilômetros e quilômetros de terra desmatada



O desmatamento da floresta amazônica é perturbador, ela está
caminhando para o desaparecimento! A situação é gravíssima. O
biogeoquímico Antonio Donato Nobre do Centro de Ciências do Sistema
Terrestre do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) alerta:
Não dá para cortar mais nenhuma árvore na Amazônia. Segundo o seu
relatório O futuro climático da Amazônia, o desmatamento da floresta
provocaria um grande deserto nas regiões Sudeste, Sul e parte do
Centro-Oeste, no Brasil, e na Bacia do rio da Prata, parte do Paraguai
e Argentina, a região mais rica da América Latina. Segundo o estudo,
os ventos vindos da floresta produzem 60% mais chuvas no Sudeste do
que os ventos que vem do Atlântico. Mas esse mecanismo natural está
ameaçado pela motosserra e pelo fogo! Esse estudo foi feito em cima de
dados científicos sobre a Amazônia, a cada ano a floresta vai
perdendo a capacidade de formar nuvens que através do vento e das
chuvas abastecem a região sul americana.
A floresta também protege contra a ação de tornados e furacões,
combinada com os Oceanos Atlântico e Pacífico, distribuem e dissipam
a energia dos ventos de elevada altitude.
Há necessidade de uma nova mentalidade, de iniciativas
preservacionistas. Esses dados estão nas mãos dos governantes, porém
não foram suficientemente capazes de promover políticas mínimas para
preservar a integridade da floresta!

Bibliografia: Scientific Amarican Brasil, nº 63 (www.sciam.com.br)
O Futuro Climático da Amazônia – Relatório de Avaliação Científica,
Makarieva E Gorshlov, Nobre, A.D. Biotic pump of atmospheric moisture
as driver of the hydrological cycle on land. 2007