Essa data é marcante para todo mundo, esse dia marca a nossa chegada nesse mundo.
Acordei e pensei nisso. Queria um presente muito especial, mas não coisas materiais, coloquei uma camisa marrom, pra lembrar da mãe terra.
Da janela me encantei, como sempre com as araucárias (quase extintas aqui no sul), com as árvores, cipós. Pedi para que nunca destruissem essa mata maravilhosa, tão pertinho da cidade.
Quando retornei da escola para almoçar minha vizinha Claudia me contou que tinha visto e fotografado bugios (Alouatta guariba) pela redondeza. Me emocionei, sei que eles andam por aqui. O vizinho do outro lado desmatou uma área grande para fazer loteamentos, muitos animais apareceram na nossa mata, provavelmente a procura de nova moradia.
Espiando entre as árvores vi um monte meio ruivo. Fui chegando mais perto e que emoção! Eram os bugios. Eles estavam dormindo nos galhos das árvores próximas as araucárias. Um menor de cor mais acinzentada levantou a cabeça e ficou me olhando.
Conversei com ele, dizendo que não precisava ter medo. O grandão acordou e aos poucos foram subindo de um galho a outro até alcançar as araucárias, cada vez mais alto. Contei quatro bugios.
Esse foi o meu presente! Que presente lindo poder ter esses bichinhos por perto sem intenção de querer exterminá-los, ou prendê-los. Deixar eles serem o que são. Filhos da natureza como nós. Olhem que foto linda :
Foto: Cláudia Butignol