Vivemos num período classificado como neo-liberal, onde o mercantilismo permeia até as relações sociais. Uma alienação geral nos incentiva a nos realizar nas compras. O consumo é a grande palavra de ordem. Sofremos um bombardeio constante de informações e imagens, que deixam também nossas crianças como marionetes do consumo e dos modismos.
O papel da escola deveria ser o de formar cidadãos, conscientes de si, de seu mundo, das relações de poder e da política (lembrando Frei Betto). Percebe-se, entretanto, uma preocupação maior em formar mão-de-obra para o mercado do que possibilitar o pensar, a crítica, a formação de valores, bem acima de qualquer religião.
Lembrando Frei Betto de novo, o grande paradigma desse milênio deveria ser a solidariedade e não a competitividade ou o mercado. Acredito que esse mal tão comum, a depressão, sempre vem junto com o egoísmo e a falta de solidariedade. Solidariedade que começa dentro de cada um (auto-estima: quando nos respeitamos é mais fácil respeitar os outros), englobando o todo, as nações e a natureza. Só assim conseguiremos um sentido para a vida, de forma que nos traga a realização.