O dia do silêncio é
comemorado no dia 7 de maio, acredito que se refletirmos sobre o
silencio poderemos valorizá-lo! Sim, valorizar o silêncio, aquele
silêncio da calmaria, pipocado com o som da cigarra, do canto dos
pássaros, nostalgia ou não, somente a partir do silencio podemos
sair da inconsciência que nos envolve na agitação do dia-a-dia, em
meio a ronco de motores, buzinas, som alto, e desejos de consumo que
nos movem constantemente para a busca de satisfação e de
felicidade!
No dia do silêncio a
sugestão é desligar a TV, o som, o notebook, o celular e se afastar
por um momento de todo tipo de sons, difícil né? Principalmente no
mundo urbano, sempre haverá algum tipo de ruído lá fora que vai
nos tirar do silêncio. Mas vale a pena experimentar, em algum
momento nesta tentativa de silenciar vamos conseguir nos concentrar e
anular os ruídos externos.
Somos uma parte da essência maior, e a essência maior é a inteligencia infinita, que criou nosso planeta e todo o universo!
Insatisfação
Não sei se foi sempre
assim, mas cada vez mais as pessoas sofrem, carregam dentro de si
sentimentos de insatisfação e de busca constante. O que mais nos
satisfaz é possuir coisas, comprar objetos, celular novo, roupa
nova, carro novo... a aparência e a ostentação são palavras de
ordem, mas nesse contexto sofremos pois as coisas de fora não nos
satisfazem por um tempo longo, são passageiras, trazem um entusiasmo
de fogo de palha, depois vem a insatisfação de novo.
Silenciando com o
coração
Lembro que certa vez
encontrava-me muito angustiada, ansiosa querendo abraçar o mundo e
não conseguindo, pois meus braços estavam pequenos demais. Uma
pessoa muito especial me aconselhou aquietar-me e ouvir meu coração.
Naquela época isso pareceu-me um absurdo, ouvir meu coração? Sim,
disse ela, o coração tem todas as respostas às nossas
perguntas,mas precisamos silenciar para ouvi-lo. Claro que não segui
o conselho naquela época, mas bem mais tarde quando comecei a fazer
meditação, entendi aquele conselho recebido na adolescência, e
lembrei-me dele justamente quando estava quieta, tentando relaxar.
Procurei aquietar os pensamentos, tarefa difícil, pois os
pensamentos são muito barulhentos, indisciplinados e afobados. Nos
intervalos de trégua com eles conseguia ouvir a pulsação do
coração e tentei me concentrar nela. Me dei conta que nunca tinha
parado para ouvir o coração bater. Ele bate sim, ele pulsa, lembrei
das aulas de ciências, da função de bombear sangue para todo o
organismo. Obrigada coração por esse trabalho incógnito, trabalho
árduo, pois bates muitas vezes por minuto, minha vida depende de ti,
pois se parar de bater eu não mais existirei.
Em outros momentos
tentei falar com ele, oi coração tudo bem? Ouvi dizer que você tem
respostas pra tudo, pode me ajudar? Me dar um conselho, me chamar
atenção se estiver errada? As respostas eram minhas mesmo, eu
respondia pra mim mesmo que sim, que eu poderia ajudar, que era só
pedir. Parece ridículo, mas gostei da brincadeira e tornei um hábito
conversar com meu coração, descobri que dentro de nós, no nosso
silêncio temos as respostas para tudo, pois somos uma parte da
essência maior, e a essência maior é a inteligencia infinita, que
criou todo o universo!
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