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sábado, 7 de maio de 2016

O dia do silêncio

O dia do silêncio é comemorado no dia 7 de maio, acredito que se refletirmos sobre o silencio poderemos valorizá-lo! Sim, valorizar o silêncio, aquele silêncio da calmaria, pipocado com o som da cigarra, do canto dos pássaros, nostalgia ou não, somente a partir do silencio podemos sair da inconsciência que nos envolve na agitação do dia-a-dia, em meio a ronco de motores, buzinas, som alto, e desejos de consumo que nos movem constantemente para a busca de satisfação e de felicidade!

No dia do silêncio a sugestão é desligar a TV, o som, o notebook, o celular e se afastar por um momento de todo tipo de sons, difícil né? Principalmente no mundo urbano, sempre haverá algum tipo de ruído lá fora que vai nos tirar do silêncio. Mas vale a pena experimentar, em algum momento nesta tentativa de silenciar vamos conseguir nos concentrar e anular os ruídos externos.

Somos uma parte da essência maior, e a essência maior é a inteligencia infinita, que criou nosso planeta e todo o universo!


Insatisfação

Não sei se foi sempre assim, mas cada vez mais as pessoas sofrem, carregam dentro de si sentimentos de insatisfação e de busca constante. O que mais nos satisfaz é possuir coisas, comprar objetos, celular novo, roupa nova, carro novo... a aparência e a ostentação são palavras de ordem, mas nesse contexto sofremos pois as coisas de fora não nos satisfazem por um tempo longo, são passageiras, trazem um entusiasmo de fogo de palha, depois vem a insatisfação de novo.

Silenciando com o coração

Lembro que certa vez encontrava-me muito angustiada, ansiosa querendo abraçar o mundo e não conseguindo, pois meus braços estavam pequenos demais. Uma pessoa muito especial me aconselhou aquietar-me e ouvir meu coração. Naquela época isso pareceu-me um absurdo, ouvir meu coração? Sim, disse ela, o coração tem todas as respostas às nossas perguntas,mas precisamos silenciar para ouvi-lo. Claro que não segui o conselho naquela época, mas bem mais tarde quando comecei a fazer meditação, entendi aquele conselho recebido na adolescência, e lembrei-me dele justamente quando estava quieta, tentando relaxar. Procurei aquietar os pensamentos, tarefa difícil, pois os pensamentos são muito barulhentos, indisciplinados e afobados. Nos intervalos de trégua com eles conseguia ouvir a pulsação do coração e tentei me concentrar nela. Me dei conta que nunca tinha parado para ouvir o coração bater. Ele bate sim, ele pulsa, lembrei das aulas de ciências, da função de bombear sangue para todo o organismo. Obrigada coração por esse trabalho incógnito, trabalho árduo, pois bates muitas vezes por minuto, minha vida depende de ti, pois se parar de bater eu não mais existirei.

Em outros momentos tentei falar com ele, oi coração tudo bem? Ouvi dizer que você tem respostas pra tudo, pode me ajudar? Me dar um conselho, me chamar atenção se estiver errada? As respostas eram minhas mesmo, eu respondia pra mim mesmo que sim, que eu poderia ajudar, que era só pedir. Parece ridículo, mas gostei da brincadeira e tornei um hábito conversar com meu coração, descobri que dentro de nós, no nosso silêncio temos as respostas para tudo, pois somos uma parte da essência maior, e a essência maior é a inteligencia infinita, que criou todo o universo!

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