Páginas

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Entraves à Ciência

O conservadorismo e a ignorância são grandes entraves à Ciência.

É notório que sempre houve e há corporações que procuram minar a Ciência, principalmente quando a pesquisa vai contra seus interesses. Pesquisadores que estudam o aquecimento global são os mais atacados. Atualmente o grande choque está na política do republicano Donald Trump, o presidente americano antiecologista, que alega que o discurso do aquecimento global é plano da China para diminuir a economia americana. Trump nomeou Scott Pruitt, inimigo dos ecologistas, como secretário da agência de proteção ambiental do país. Informações científicas não podem ser divulgadas sem autorização do governo. Represália envolvem diminuição do orçamento público à pesquisa científica. As medidas do secretário mostra o retrocesso americano em relação à proteção ambiental, abandonando a política de Obama de reduzir as emissões de poluentes na atmosfera, compromisso firmado no pacto de Paris ratificado por 195 nações. Com o governo Trump tem diminuído o apoio á comunidade científica e a negação de medidas públicas baseadas em dados científicos.

Os cientistas americanos, através das redes sociais organizaram a Marcha da Ciência no dia da Terra, dia 22 de abril de 2017. O protesto alastrou-se no mundo inteiro, inclusive o Brasil, levando os cientistas às ruas em defesa da valorização da ciência e de investimentos em pesquisas científicas.

No Brasil a situação também é constrangedora, a ciência sempre teve descrédito, porém no nosso cenário atual também há retrocesso, pois a pasta da Ciência , Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi extinguida, incorporada ao Ministério de Comunicações.

O homem foi sempre o grande predador, nossa atuação está colocando em risco a nossa existência no planeta, por isso o grande papel da Ciência para esclarecer e auxiliar na  criação de políticas que visem o bem comum e a continuação de nossa espécie.

Dica: Há muitos casos de corporações que tentam abafar a voz dos cientistas, enganando a população sobre os efeitos maléficos de seus produtos.
Um dos mais famosos foi o do chumbo usado em vários produtos nos EUA na década de 40, inclusive adicionado na gasolina (tretaetila), causando envenenamento na população. O episódio 7 da nova produção da série Cosmos (Neil Tyson) relata esse acontecimento.  A empresa General Motors contratou um toxicologista para enganar a população acerca desse chumbo, tentando abafar as pesquisas do cientista Clair Patterson que denunciava o poder de envenenamento do chumbo, adicionado a vários produtos consumidos na época nos EUA. Foram necessários 20 anos para que a ciência saísse vitoriosa,  esse caso é conhecido como uma das maiores vitórias de saúde pública nos EUA, infelizmente a custa de muitas vidas.

Revista Galileu abril 1917 p.7
http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,cientistas-vao-as-ruas-contra-corte-em-investimentos,70001747602

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Aves de Rapina

Aves de Rapina

O nome rapina já diz tudo, rapinar, roubar com violência. As aves chamadas de aves de rapina se alimentam de carne de outros animais, caçados com suas garras fortes ou já mortos.

São as águias, da família Accipitridae, os falcões da família Falconidae, as corujas da família Strigidae e os urubus e condores da família Cathartidae.

Segundo o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO 2015) o Brasil possui o maior número de espécies de aves de rapina. São 99 espécies, 49 Accipitriformes, 21 Falconiformes, 23 Strigiformes e 6 Cathartiformes.

As aves de rapina são carnívoras e estão adaptadas à caça. Algumas como os urubus podem comer animais mortos e em decomposição, pois possuem sucos gástricos que neutralizam as bactérias e toxinas da carne em decomposição. Olhos e ouvidos apuradíssimos pois deles dependem para sua sobrevivência. 

Seus bicos, garras e órgãos são adaptados à caça e alimentação carnívora.



Possuem bicos em forma de gancho para mais fácil rasgar a presa, suas garras são fortes com unhas afiadas para mais fácil segurar e carregar suas vítimas.

Essas aves estão no topo da cadeia alimentar, porém são sensíveis as alterações de seus habitats, muitas estão em extinção, pois dependem da floresta para sua sobrevivência. Desmatamento e poluição são ameaças que dizimam suas populações. Quando estão presentes é sinal de meio ambiente mais equilibrado, exceção aos urubus que estão presentes nas cidades. Os carcarás também são vistos na periferia de centros urbanos, mas no geral são aves da floresta que não se adaptam a centros urbanos e sofrem com o desmatamento. Citamos o gavião-de-penacho, gavião-pomba-grande, falcão-de-peito-laranja e o gavião-real, esta última é a maior ave de rapina do Brasil.
Há também espécies migratórias, que mudam para locais mais quentes em busca de alimentação e para reproduzir, caso do gavião-tesoura, falcão-peregrino, águia-pescadora, gavião-de-asa-longa etc..


No site abaixo você vai conhecer mais sobre as aves de rapina: