Dia 05 de setembro é um dia muito especial,
comemoramos o Dia da Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. O
dia refere-se a data da criação da província do Amazonas, por D.
Pedro II em 5 de setembro de 1850.
Esta é uma data de alerta para esse importante
bioma que está ameaçado e que influencia o clima do planeta.
Esse bioma, patrimônio da humanidade possui 6,9
milhões de quilômetros quadrados abrangendo nove países, entre os
quais o Brasil: Peru, Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia,
Suriname, Guiana e Guiana Francesa. No Brasil, cerca de 60% da
Floresta Amazônica distribui-se entre nove estados: Amazonas, Pará,
Mato Grosso, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, e parte de Tocantins e
Maranhão.
Biodiversidade:
A fauna
é riquíssima com cerca de 1.300 espécies de aves, 400 de
mamíferos, e milhões de insetos, muitos dos quais ainda não
identificados pelos cientistas. A flora envolve mais de 40 mil
espécies!
Outra grande riqueza que se destaca é a
hidrografia, pois é a maior bacia hidrográfica do planeta.
Palafitas às margens do Rio Purus
Vegetação típica a beira de igarapés em época de cheia
Pode parecer que o
solo da floresta é muito rico, porém ao contrário, é um solo
arenoso, a camada de nutrientes é alimentada pela própria floresta
devido a decomposição de resíduos da flora e fauna, como folhas
secas, animais mortos que formam um húmus, mas sem sua cobertura
torna-se um solo árido.
A fauna desse
ecossistema é muito específica, são animais de pequeno e médio
porte que vivem no alto das árvores. Os animais típicos são os
macacos, aves, cobras, marsupiais e também uma grande variedade de
peixes nas suas águas.
O futuro da Amazônia está ameaçado por diversas
atividades predatórias que provocam o desmatamento como plantações
de soja, pecuária, extração de madeira ilegal, mineração e
construção de obras como hidrelétricas e ferrovias.
Apesar do alerta de cientistas e especialistas em
clima e de muitas iniciativas de apoio à floresta, o desmatamento
ainda é alarmante, ameaçando a biodiversidade da região e também
mudanças climáticas em nível planetário.
Um dos maiores financiadores de
proteção da Amazônia é o governo da Noruega. Em 2008 o
governo assinou um acordo com a Noruega em que este país enviaria
US$ 1 bilhão para o Fundo da Amazônia para projetos de preservação
até e 2015, sob a condição do envio ser liberado conforme a
redução do desmatamento. Foram liberados recursos entre 2008 e 2014
favorecendo mais de 80 projetos.
O acordo foi renovado para 2020 sem
limites de valores, porém com a premissa da diminuição do
desmatamento. A Noruega está pressionando também a demarcação das
terras indígenas e o fim dos cortes de verbas para a FUNAI. O
desmatamento tem aumentado desde 2015 e este país tem cobrado uma
postura do governo brasileiro sob pena de reduzir os investimentos, o
que favoreceu o veto pelo presidente Temer da medida provisória que
reduzia a zona de proteção da Floresta Nacional do Jamanxim, no
Pará para a construção de uma ferrovia.