Aquífero Guarani
Na superfície de nosso
planeta temos apenas 0,4% de água doce, nos polos e geleiras temos
68,7%, temos 0,8% de água congelada no solo (permafrost), e
30,1% de águas subterrâneas. Pensando em águas subterrâneas
lembramos do Aquífero Guarani.
Esse aquífero, com
águas acumuladas por séculos tornou-se mais conhecido a partir do
ano 2000. Chegou a ser considerado o maior maior manancial de água
doce subterrânea do mundo. Atualmente a maior reserva conhecida é
o Aquífero Alter do Chão.
O Aquífero Guarani
abrange quatro países da América do Sul: Dois terços estão no
Brasil, cerca de 840 mil km² (69%), Argentina (21%), Uruguai (5%) e
Paraguai (5%). Esse mar de água doce tem cerca de 1,2 milhão de
quilômetros quadrados, com espessura entre 100 a 130 metros, em
alguns lugares tem qualidade para consumo e abastecimento público e
outros não é potável.
O nome Guarani foi
batizado em 1996 pelo geólogo uruguaio Danilo Anton, homenagem ao
povo Guarani, habitante da região, até ali era chamado de Aquífero
Botucatu.
O Aquífero é uma
manta de rocha porosa, arenito, que filtra a água que vem da
superfície, nesses casos é necessário a proteção contra
contaminação das águas. Há muitas áreas de afloramento, onde há
recarga com a chuva, mas também que oferecem perigo de contaminação,
uma das principais ameças as águas subterrâneas, tanto pela
agricultura como esgoto doméstico. Na parte sul do Brasil há uma
outra camada de rocha, basáltica, que cobre a manta porosa e por ser
mais dura cobre o aquífero como se fosse uma tampa, protegendo-o.
Nesses locais a profundidade pode chegar até 1,5 km, mas apesar da
dificuldade para a perfuração da rocha, a vazão de água é muito
grande, devido a pressão da água.
Um bem tão precioso
assim gera cobiça de multinacionais. Em 2003 a OEA e o Banco Mundial
criaram um fundo de apoio para proteção ambiental e desenvolvimento
sustentável onde foi incluído o Aquífero Guarani.
Para saber mais:
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