Borboleta Monarca (Danaus plexippus)
Família: ninfalídeosSubfamília: danaíneos
Ordem: Lepidoptera
A borboleta-monarca, muito popular em toda a
América, principalmente na América do Norte está deixando três
países preocupados com a diminuição de sua população. Canadá,
Estados Unidos e México estão procurando soluções, através de
força-tarefa para salvar as monarcas da extinção. Cerca de um
bilhão de indivíduos migravam todo ano, mas na última década
baixou para 33 milhões. Uma das maiores ameaças a essas borboletas,
bem como tantas outras é o uso de inseticidas sintéticos,
herbicidas que acabam com as asclépias, suas hospedeiras e alimento
e o desmatamento. As plantações de transgênicos, culturas
geneticamente modificadas, de milho e soja recebem pulverização de
substância químicas para acabar com ervas daninhas, extinguindo
inclusive a asclépia, alimento e planta depositária dos ovos das
borboletas, pondo em risco essa espécie.
Borboleta originária das Américas. Essa borboleta, de 7 cm, pode chegar até 10 cm, suas asas são adaptadas para longos voos, que ocorrem na época da migração, quando migram do inverno dos EUA e Canadá para o México, no mês de outubro, percorrendo em torno de 3.200 km, quando ficam em jejum devido aos grandes voos.
Essa migração é um grande milagre da vida,
pois é um mistério, nenhuma delas aprendeu a jornada ou vive para
fazer a viagem de volta. As larvas alimentam-se de asclepia nos EUA e
Canadá e no final do verão, já adultas reúnem-se aos milhões, em
grandes bandos para a viagem ao sul.
Voam a altitudes de até 110 m, percorrendo cerca
de 130 km por dia, descansam à noite, podem alimentar-se de néctar,
mas também usam as reservas de seu próprio corpo, ficando em
jejum. Ao chegarem ao México, Flórida ou Califórnia, pousam nas
mesmas árvores usadas pelas gerações anteriores, onde ficam em
semi-hibernação. Na primavera reiniciam o caminho de volta para o
norte, as fêmeas põem ovos ao longo do caminho e morrem, as
gerações vão nascendo dos ovos e chegam ao Canadá no outono.
Na fase larval consomem uma grande quantidade de
folhas das plantas hospedeiras asclépia-das-borboletas (Asclepias
tuberosa), e serralha comum Asclepias syriaca.
Primavera e verão são as estações do
acasalamento, em torno de 400 ovos são postos em 2 a 5 semanas. Os
ovos eclodem em 4 dias na planta hospedeira. A serralha é uma
hospedeira tóxica que favorece a defesa da lagarta contra os
predadores. A lagarta tem riscas brancas, amarelas e e pretas com
com oito pares de pernas curtas para trepar e partes da boca
desenhada para mastigar folhas.
Seu desenvolvimento na fase de lagarta vai
evoluindo em diferentes trocas de pele, alimentada pelo seu apetite
voraz até que em torno de duas semanas, ela fia um botão de seda
e firma-se de cabeça para baixo. Lá dentro a biologia transforma
toda a lagarta, preparando-a para um inseto totalmente diferente. Em
duas semanas a crisália se abre e surge o inseto adulto : uma linda
borboleta monarca, de grande beleza, com asas alaranjadas delineadas
com traços escuros e pontos brancos nas extremidades, com corpo
negro, com 6 pernas longas, uma boca preparada para sugar néctar,
dois pares de asas imaturas e úmidas que vão se expandindo conforme
ela vão se agitando, espalhando fluido nas suas veias e secando as
asas para que fiquem firmes para voar.
Para saber mais:Revista Scientific American Brasil, novembro de 2013 (página 14)
Imagens: Domínio Público