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segunda-feira, 28 de março de 2016

Borboleta Monarca

Borboleta Monarca (Danaus plexippus)
Família: ninfalídeos
Subfamília: danaíneos
Ordem: Lepidoptera


A borboleta-monarca, muito popular em toda a América, principalmente na América do Norte está deixando três países preocupados com a diminuição de sua população. Canadá, Estados Unidos e México estão procurando soluções, através de força-tarefa para salvar as monarcas da extinção. Cerca de um bilhão de indivíduos migravam todo ano, mas na última década baixou para 33 milhões. Uma das maiores ameaças a essas borboletas, bem como tantas outras é o uso de inseticidas sintéticos, herbicidas que acabam com as asclépias, suas hospedeiras e alimento e o desmatamento. As plantações de transgênicos, culturas geneticamente modificadas, de milho e soja recebem pulverização de substância químicas para acabar com ervas daninhas, extinguindo inclusive a asclépia, alimento e planta depositária dos ovos das borboletas, pondo em risco essa espécie.


 O México está combatendo o desmatamento ilegal na área florestal Reserva da Biosfera das borboletas-monarca. Os EUA estão preocupados em fazer corredores de plantas da família das asclépias, ao lado de rodovias e apoiar programas de conservação de reservas. O Canadá já protege habitats de monarcas, como os pontos em que elas se reúnem para migrar rumo ao sul, porém cada vez menos monarcas retornam ao Canadá na primavera para depositar seus ovos.
Borboleta originária das Américas. Essa borboleta, de 7 cm, pode chegar até 10 cm, suas asas são adaptadas para longos voos, que ocorrem na época da migração, quando migram do inverno dos EUA e Canadá para o México, no mês de outubro, percorrendo em torno de 3.200 km, quando ficam em jejum devido aos grandes voos.




Essa migração é um grande milagre da vida, pois é um mistério, nenhuma delas aprendeu a jornada ou vive para fazer a viagem de volta. As larvas alimentam-se de asclepia nos EUA e Canadá e no final do verão, já adultas reúnem-se aos milhões, em grandes bandos para a viagem ao sul.
Voam a altitudes de até 110 m, percorrendo cerca de 130 km por dia, descansam à noite, podem alimentar-se de néctar, mas também usam as reservas de seu próprio corpo, ficando em jejum. Ao chegarem ao México, Flórida ou Califórnia, pousam nas mesmas árvores usadas pelas gerações anteriores, onde ficam em semi-hibernação. Na primavera reiniciam o caminho de volta para o norte, as fêmeas põem ovos ao longo do caminho e morrem, as gerações vão nascendo dos ovos e chegam ao Canadá no outono.

Na fase larval consomem uma grande quantidade de folhas das plantas hospedeiras asclépia-das-borboletas (Asclepias tuberosa), e serralha comum Asclepias syriaca.
Primavera e verão são as estações do acasalamento, em torno de 400 ovos são postos em 2 a 5 semanas. Os ovos eclodem em 4 dias na planta hospedeira. A serralha é uma hospedeira tóxica que favorece a defesa da lagarta contra os predadores. A lagarta tem riscas brancas, amarelas e e pretas com com oito pares de pernas curtas para trepar e partes da boca desenhada para mastigar folhas.
Seu desenvolvimento na fase de lagarta vai evoluindo em diferentes trocas de pele, alimentada pelo seu apetite voraz até que em torno de duas semanas, ela fia um botão de seda e firma-se de cabeça para baixo. Lá dentro a biologia transforma toda a lagarta, preparando-a para um inseto totalmente diferente. Em duas semanas a crisália se abre e surge o inseto adulto : uma linda borboleta monarca, de grande beleza, com asas alaranjadas delineadas com traços escuros e pontos brancos nas extremidades, com corpo negro, com 6 pernas longas, uma boca preparada para sugar néctar, dois pares de asas imaturas e úmidas que vão se expandindo conforme ela vão se agitando, espalhando fluido nas suas veias e secando as asas para que fiquem firmes para voar.



Para saber mais:
Revista Scientific American Brasil, novembro de 2013 (página 14)

Imagens: Domínio Público

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